Convite da Escritora – Susana Almeida
Susana Almeida é autora da conta do Instagram Ser Super Mãe é uma Treta , com mais de 19 mil seguidores. Uma conta que sigo há cerca de dois anos e tenho pena de não ter conhecido antes. Teria poupado muita frustração. Recentemente convidei a Susana para fazer um convite a todos os leitores e visitantes da Livraria Ama Livros.Também fiz uma algumas perguntas para podermos conhecer um pouco mais sobre ela.
O livro “Ser Super Mãe é Uma Treta” já pode ser comprado na Livraria Ama Livros.
Como começou o teu gosto pela leitura?
Não me recordo de existir sem livros. É um cliché, mas é verdade. Leio desde criança,
muito por influência da minha mãe. Recordo-me de me sentar em casa dos meus avós
a devorar os livros da coleção Uma Aventura e ela pedir-me para ler mais devagar,
porque não lhe era possível comprar livros à velocidade da minha leitura. Ainda assim
a minha mãe fez o sacrifício de me proporcionar livros percebendo o quanto eram
importantes para mim.
E a escrita? De onde veio essa paixão?
Penso que são duas coisas que se ligam. A leitura e a escrita. Sempre gostei de escrever e sempre o fiz. Para arrumar ideias, pensamentos, num registo quase sempre autobiográfico, mas depois da maternidade tornou-se mais do que uma paixão, tornou-se uma necessidade. Uma espécie de terapia. Para mim escrever é libertador.
O teu livro é muito sincero e fala na maternidade sem filtros, como foi receber o feedback dos teus leitores?
Foi melhor do que podia sonhar. Quando o escrevi queria acima de tudo tirar o peso da culpa e da perfeição de cima das mães, não sendo um exemplo, não apontando caminhos, não sendo moralista e ousar dizer o que é certo ou errado, mas contando a minha história de forma honesta, mostrando o meu caminho com buracos e paisagens magnificas, sendo quem sou, sem merdas. E este sentimento de identificação, de alívio, de certeza inabalável de que somos as melhores mães do mundo para os nossos filhos é o que tenho recebido de quem leu o livro.
Qual é o livro da tua vida?
É uma pergunta difícil. Tenho mais do que um. Vou dizer-te três. O primeiro é A Lua de Joana. Foi o primeiro livro não infantil que li e li-o centenas de vezes. Chorei muito sozinha no meu quarto e aposto que se o lesse hoje voltaria a chorar. O segundo é A Estrada. É um livro duro, que nos deixa um buraco no peito e o coração à mostra, mas é uma bela história de sobrevivência e de amor entre pai e filho. E o terceiro é As Primeiras Coisas, o primeiro romance do meu marido e para além de ser um livro maravilhoso, tem o sabor de um caminho percorrido a dois.
Com a quarentena, aposto que tens mais matéria para escrever outro livro. Estou certa?
Sem dúvida! Os meus filhos são uma fonte inesgotável de inspiração, mas com a quarentena apareceram novos desafios e novos episódios do dia a dia, alguns mais hilariantes que outros, que me parecem caber na perfeição nas páginas de um livro.
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